18 de mai. de 2013

Mais do Canadá: a Niagara das cataratas e vinícolas

 Depois dos meus dias em Toronto, fiz uma esticadinha a Niagara, também em Ontario, que está entre os destinos mais visitados de todo o Canadá. Mas não fiz apenas um bate-e-volta para ver as cataratas, como a maioria dos turistas faz; visitei as cataratas e depois me mandei para a fofa Niagara-on-the-lake para usar a cidade como base para explorar as deliciosas vinícolas da região.
 Ir em trem é fácil: você embarca na bela Union Station e desembarca diretamente na estação Niagara Falls (quem viaja carregado tem que tomar cuidado que há limite de peso - 20kg -  e tamanho para as malas, e há conferência antes do embarque). Dali é preciso tomar um táxi, alugar um carro ou agendar um transfer com o hotel (para quem vai ficar hospedado na região).
 Quem vai só passar o dia, pode contar com o excelente sistema de transporte local WEGO - são ônibus que circulam em diferentes rotas turísticas por ali (com várias paradas, que vão de diversos hotéis a atrações, outlets e até cassino) por um preço excelente: 7 dólares canadenses por 24h (ou 11,50 por 48h), mão na rodíssima!

 A grande atração, é claro, são as cataratas. Na Table Rock fica o complexo de atrações envolvendo as mesmas, com mirantes, a "jourey behind the falls" (para você ter a sensação de estar "atrás" das cataratas e ver de perto a força das águas) e a uma "experiência 4D" (recomendável apenas para quem vai com crianças). E daí lojinhas, restaurantes, fast food etc. No dia que eu fui chovia muito (muito mesmo), então foi bom ter para onde escapar ali :D  Mas quem não quiser entrar no complexo pode ver as cataratas (inclusive o lado americano, de longe) de vários pontos nas laterais da Table Rock. Em dias bonitos saem os passeios de barquinho que chegam bem perto da queda d´agua e os disputados passeios em helicóptero (todos cancelados no dia da minha visita devido ao mau tempo :( )

"Por trás" das cataratas nos túneis do "journey behind the falls"
 As cataratas são lindas, é claro - mas menos impressionantes que as brasileiras. O melhor programa da região, para mim, é rumar à fofíssima e romântica Niagara-on-the-lake e passar um final de semana (ou dupla de dias de escapada) curtindo a vibe sossegada da cidade e visitando as vinícolas da região (para ir às vinícolas, vcs sabem, se-beber-não-dirija. Melhor acertar um táxi com o hotel, contratar um dos tours sempre oferecidos nas recepções do mesmo ou agendar antes já um full day com uma das empresas especializadas dali, como a Niagara Airbus).
 Niagara-on-the-lake é daquelas cidades com jeitinho de esquecidas, paradas no tempo. Estava bastante frio e chovendo e ainda assim achei encantadora. Ruazinhas regulares, com as quadras todas uniformes, quadradinhas, quase sempre do mesmo tamanho, cheias de hotéis pequenininhos em casas de madeira ou com jeitão colonial, lojinhas de coisas para casa e guloseimas, cafés, um encanto. Ali também fica o mais antigo campo de golfe da América do Norte e os passeios em charrete são super comuns. Segura e gostosa de andar dia e noite (e com várias vinícolas legais no entorno).







A grande estrela das visitas às vinícolas é a produção do icewine, é claro, super comum na região. Mas recomendo muito que as degustações não fiquem restritas a esse tipo de vinho: Niagara produz também ótimos brancos e tintos, incluindo Pinot Noir e Cabernet Franc, que gosto muito.
Durante os dias que fiquei por ali, visitei a Vineland Estates, a bela Peller Estates (excelente restaurante, a propósito! recomendo muito ficar para almoçar ou jantar),  as mais comerciais Jackson Triggs e Trius e a Inniskillin, que é a mais conhecida pelos brasileiros quando se trata de icewines (tem a melhor degustação de icewines na minha opinião, harmonizada com chocolates e doces, e uma bela propriedade).

Durante uma das visitas, vi um grupo de americanos almoçando literalmente imersos no mundo dos vinhos ;)
 Seja qual for o caso, convém sempre agendar as visitas às vinícolas antecipadamente para não ter nenhuma surpresa. Mas ninguém fica sem visita, não; no verão tem vinícola com visita e degustação guiada a cada 5 minutos (!!!) e, mesmo no inverno, as visitas acontecem regularmente ao longo do dia, em diferentes idiomas na maioria delas (algumas só têm em inglês). O legal de se informar bem antes é que algumas delas oferecem visitas com degustação de diferentes tipos e outras também oferecem wine pairing para quem fica para almoço ou jantar, com menu degustação, a preços bem interessantes (gostei muito do da Peller, como mencionei acima).


Degustação de icewine com doces e chocolates
Vale informar-se também sobre os frequentes eventos relacionados ao mundo do vinho (a grande estrela local, é claro) ao longo do ano. Em maio agora, por exemplo, acontece o popular Wine´n Herbs - com um ticket de 43 dólares do evento é possível visitar (affemariasantíssima) 43 vinícolas conveniadas.
Olha a noiva ;)  (e decotadinha no frio e sob a chuva)
A Starbucks tinha vibe de casinha do Playmobil ;)
Além das que mencionei acima, há uma centena de outras vinícolas por ali; fãs de vinhos podem bem passar uma semana inteira entre Niagara-on-the-lake e arredores que não cairão no tédio ;)
Região gracinha; quero muito voltar para passar uma semana, naquela vibe Mendoza, sabe? 

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